Pesquisa

Google

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

JUIZ DÁ A SERAFIM PRIVILÉGIO QUE A LEI NÃO PREVÊ

O juiz Diógenes Vidal Pessoa Neto, da 3ª Vara Cível e Acidente de Trabalho, adiou mais uma vez a audiência na qual ouviria testemunhas envolvidas no processo movido pela médica Maria Soraia Elias Pereira contra o jornal Diário do Amazonas. A médica pede R$ 1 milhão de indenização por dano moral. A audiência estava marcada para ontem e seria ouvida a principal testemunha do jornal, o prefeito de Manaus, Serafim Correa, que não compareceu.No seu despacho, o juiz justifica o adiamento em razão de não ter havido tempo hábil para expedir as intimações necessárias as demais testemunhas “devido ao acúmulo de serviço na Secretaria desta Vara Cível”. (Veja post abaixo)Mas estendeu ao prefeito o beneficio do artigo 411 do Código de Processo Civil, que prevê que “são inquiridos na residência, ou onde exercem a função, autoridades como o presidente da republica, os ministros, senadores, deputados estaduais, governadores”, mas não prefeitos..Ao estender o privilégio a Serafim, que é parte na ação, porque a reportagem que resultou na processo movido por Soraia abordava exatamente uma relação intima entre os dois, o juiz amplia por conta próprio o artigo 411 do Código de Processo Civil, o que é no mínimo estranho. Médica também processa Acritica e Em Tempo Os jornais aCritica e Amazonas em Tempo também são alvos de processos por dano moral movido pela médica Maria Soraia, um dos personagens da campanha eleitoral de 2004. Soraia foi manchete dos jornais ao revelar ter mantido um romance com o prefeito Serafim Correa, com quem teria tido um filho. Do Em Tempo ela quer R$ 1,5 milhão de indenização pelos danos morais e materiais que alega ter sofrido.Contra a Editora Calderaro, que edita o jornal a Crítica, Soraia move outro processo, no qual pede R$ 2 milhões de indenização por dano moral.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Preciso "de", não!


"Preciso de falar uma coisa urgente com o meu gerente". Incrível, mas muita gente ainda comete esse erro imperdoável de português. Só usamos a preposição "de" após o verbo precisar quando o complemento verbal é um substantivo ou pronome. Por exemplo: "Preciso de dinheiro"; "Preciso de você". Quando o complemento é um verbo no infinitivo, a preposição não é utilizada. "Preciso falar uma coisa urgente com o meu gerente"; "Preciso fazer algo"; "Preciso
pensar em uma solução para esse problema

Nunca diga "menas" nem "perca"


Alguns erros de português provocam estragos devastadores na imagem do profissional. Entre os mais graves estão o uso equivocado de duas palavrinhas que ainda confundem muita gente. Nunca, mas nunca mesmo, diga "menas" ou use "perca" como substantivo. Menas - Apague essa palavra de seu dicionário. "Menas" não existe.
O correto é "menos", mesmo que a palavra seguinte venha no feminino: menos escolas, menos pobreza, menos denúncias de corrupção.
Perca - Nunca utilize "perca" como substantivo, no sentido contrário de "ganho". O certo é "perda": perda de material, perda de poder aquisitivo, perda de memória. "Perca" é verbo (sentido contrário de encontrar): não se perca de mim, não perca credibilidade falando errado

Chego ou chegado?


Esta consulta veio de longe
Esta consulta veio de longe. Alba Valéria, frentista no Rio de Janeiro, escreveu: “Gostaria de saber se a frase está incorreta, e caso esteja, qual é a forma correta: Eu acho que ele já havia chego.”O certo, de acordo com as regras é: Eu acho que ele já havia chegado. O particípio regular dos verbos caracteriza-se pela desinência –do: aceitar – aceitado, entregar - entregado, pagar – pagado, expressar – expressado, acender – acendido, eleger – elegido, pegar – pegado, chegar – chegado.Ao lado da forma regular, alguns verbos apresentam formas irregulares: aceitado – aceito, entregado – entregue, pagado – pago, expressado – expresso, acendido – aceso, elegido – eleito, pegado - pego.Pega é um deverbal formado pela diminuição do verbo pegar, assim como chega é um deverbal formado pela diminuição do verbo pegar. A diferença entre os dois é que podemos usar a forma irregular pega como em “ela foi pega com a boca na botija”; chega/chego não devem ser usados como particípio do verbo chegar. Quando empregar chegoCom chega, chego, não posso dar exemplos de uso de particípio. Posso apenas fazer frases como:- Chego a perder o horário por uma boa conversa. (presente do verbo chegar) - “Quando chego em casa nada me consola, você está sempre aflita ...” (presente do verbo chegar) - Chega, você já passou dos limites! (interjeição = basta) - Mereço um chega ( substantivo = uma repreensão, um pito ) por haver demorado tanto a explicar.Particípios regularesOs particípios regulares devem ser usados com os verbos ter e haver:- Havia aceitado o cafezinho, mas desapareceu. - Tinha entregado o presente antes de sofrer o acidente. - Os meninos tinham pegado catapora. - Ainda não tinham acendido a lareira. - Eu havia chegado à conclusão por mim mesma.Particípios irregularesOs particípios irregulares devem ser usados com os verbos ser e estar:Ele é aceito nas melhores universidades como verdadeiro. Está entregue a sua encomenda, Dona Júlia. Juliana foi pega furtando jabuticabas. O fogo já esteve aceso hoje.Hora do intervaloSaí para tomar um capuccino no café “Mamma Itália”. Tem bancos no balcão, mesinhas e cadeiras confortáveis, mas como eu estava cansada de ficar sentada, fiquei em pé ao lado do caixa. Uma moça bonita e bem vestida chegou e pediu:- “Dois pão de queijos.”Nos balcões das padarias também é comum ouvir:- “Cinco pão”, “Quatro filão”, “Dez pãozinho e dois leite”.A moça até pensou no plural, mas na palavra em que ela colocou o S, só se fosse um pão feito com mais de um tipo de queijo, à moda das pizzas de dois ou quatro queijos. A marca do plural deveria estar no substantivo pão. Se a jovem, além de ser bonita, falasse bonito, teria dito:- “Dois pães de queijo, por favor.”Mais de um filão: filões; dois litros ou duas caixas de leite, até mesmo dois leites.Bom feriado!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

PESQUISA DE DOMINGO


BARACK OBAMA


As últimas sondagens publicadas indicam claramente que Barack Obama muito provavelmente irá repetir a vitória do Iowa amanhã no New Hampshire. Depois de meses a fio no trilho de Hillary Clinton, o Senador do Illinois conseguiu vencer o Caucus do Iowa e abalar seriamente a candidatura da Senadora de Nova Iorque.
Mesmo que Barack Obama vença amanhã, como tudo indica, isto não significará que tem a nomeação garantida. Apesar de não haver sondagens recentes, Hillary Clinton tinha uma enorme vantagem nos grandes estados, como Nova Iorque, Califórnia, Nova Jersey, Florida. Mas, ao contrário de Rudy Giuliani, que sempre apontou a sua nomeação para estes estados, Hillary criou esperanças elevadas em vencer desde o inicio. As expectativas em política são fundamentais para delinear o rumo dos acontecimentos. A campanha de Hillary foi responsável pela criação do sentimento de inevitabilidade da sua candidatura.
As características do New Hampshire são bem diferentes do Iowa, onde a filiação partidária fazia a diferença. No “Granite State”, os independentes afluem em massa às urnas, sendo um estado bastante mais liberal que o conservador Iowa. Se Obama provar ao eleitorado democrata que consegue vencer em diferentes estados e cativar tanto os liberais, como os moderados e até alguns conservadores, o directório do Partido Democrata poderá abandonar Hillary Clinton. E estaremos a assistir a uma das maiores reviravoltas de sempre na política norte-americana.
Este crescimento de Obama não está a assustar apenas os apoiantes de Hillary Clinton. Os Republicanos defendem que Hillary Clinton seria o seu melhor adversário e preferiam obviamente a Senadora de Nova Iorque. Barack Obama poderá representar nestas eleições o que John Kennedy e Ronald Reagan representaram na sua época. E um adversário desta envergadura seria difícil de bater. Obama tem conseguido o apoio de muitos republicanos desiludidos com os seus candidatos. Numas eleições gerais, com um candidato republicano que não galvanize a sua base de apoio, Obama vencerá facilmente. E este é o medo de alguns analistas republicanos.