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domingo, 7 de outubro de 2007

Mulher enfurecida danificou veículo


O estudante de Direito, Natan Domingues ,28, teve seu automóvel modelo Siena quebrado por uma mulher, cujo nome ainda é desconhecido, apenas porque havia estacionado próximo ao local de sua casa.
O fato ocorreu por volta das 15h, na rua São Luiz, conjunto Adrianópolis. Segundo o vigilante Jefferson Batista, que presenciou a cena, a mulher parecia descontrolada .
“A casa dela é do lado da Faculdade Esbam (Escola Superior Batista do Amazonas), ela saiu correndo com uma faca, parecia transtornada e começou a furar os pneus do carro do aluno , quebrou o pará- brisas do veículo e ainda começou a bater na porta do carro com o cabo da faca e arranhar os vidros, eu corri dizendo que iria chamar a polícia, pois o rapaz não havia estacionado na frente da sua garagem e sim próximo a sua residência , mais não teve jeito, ela disse que eu poderia chamar que eu quisesse, pois pertencia a família do proprietário de uma emissora de televisão. Alguns alunos estão revoltados e se dizem com medo de estacionar na rua devido a esses acontecimentos. Como é o caso da Estudante, Maria Síglid Santos.

Falta de estacionamento é motivo de problemas

“Já falta estacionamento na Faculdade , com uma mulher dessas solta a situação piora ainda mais, é arriscado ela destruir outro veículos , pois ninguém tem o direito de sair quebrando o carro de ninguém, providências tem que ser tomadas antes que ela prejudique o carro de outros alunos”, declarou Natan, ele chamou a policia e tentou falar com a suposta mulher, mas a mesma não se pronunciou e não quis sair da sua residência alegando que não tinha nada a declarar.
“Já prestei ocorrência na delegacia, e ela vai ter pagar pelo que fez, pois eu não estacionei na sua garagem e mesmo que eu tivesse feito isso ela não tem o direito de quebrar o carro, ela só pode ser louca, mas isso não vai ficar impune , ela vai ter que pagar pelo dano que causou não importa seu grau de parentesco com quem quer que seja, a justiça é para todos.” disse.
fonte: maskate

Operação Pé-de-pica estimula a futrica entre Bin e Mazoca


Foi lançada nos bastidores da futrica a Operação denominada Pé-de-Pica para espalhar cizânia entre o neguinho de mamãe, o ex-governador Amazonino Armando Mendes, e seu dileto ex-pupilo e atual vice-governador quase-sempre-em-exercício, Omar Bin Aziz, tentando impedir qualquer descuido de aproximação entre ambos, tendo em vista, obviamente, a disputa eleitoral do ano que vem na direção da prefeitura de Manaus. E outros reluzentes e atraentes carnavais.

Os dicionaristas Aurélio e Houaiss trazem referências indiretas à expressão Pé-de-pica, um regionalismo freqüente no jargão nordestino, notadamente baiano, mas universalmente aceito em todo Vale Amazônico, para descrever o estado beligerante já anotado nos enfrentamentos das mulheres guerreiras com os índios excitados a fim de qualquer coisa que lhes desse prazer e glória, daí, provavelmente, a expressão Amazonino... um aborígene que nada tem de Mau Menino, afinal especular não faz mal a ninguém, meu bem!

Escriba ou fariseu hipócrita?

Tudo começou com a especulação bem humorada, desta redação desocupada para identificar quem seria o provável escriba (ou seria um fariseu hipócrita?) que teria colocado a faca da chantagem no pescoço do Omar Bin Aziz, com ameaças espúrias de denunciar traquinagens de sua excelência, caso não pingasse em seus alforjes de meliante a modesta quantia de trezentos mil... Ô loko, caboco!!! Pelo visto inflacionaram o mercado do achaque e o quilo do jabá eleitoral está custando o olho da cara... Trata-se aparentemente de mais uma presepada de mentes atacadas pela patologia da vagabundagem que assola os botecos e alcovas da fila do desemprego, a nova opção de sobrevivência e molecagem de uma classe em ascensão na tábua sombria de valores do Código da Sacanagem.

Armando por trás

A propósito, segundo Dona Joana Galante, minha santa mãe e personal catimbozeira, o ex-governador Amazonino Mendes, visivelmente esbaforido, aborrecido e amargurado, amaldiçoou as insinuações de um determinado jornal, meio apócrifo meio sensacional, que diagramou uma edição a respeito da investigação “Quem chantageou Omar Aziz?” induzindo o leitor a achar que Amazonino estava atrás da falseta. Ora, assegurou minha mãe, há muito tempo que o Neguinho de Dona Joana não impõe nada atrás de ninguém, nem perde tempo com armações nebulosas, mesmo quando as oportunidades são glamourosas... De Armando basta seu nome e as articulações de parcerias de que precisa sem medo com a assessoria competente de Figueiredo para as disputas eleitorais do ano que vem...

Maná e Alah!

Além de tudo isso, entre quibes e chouriços, com relação ao Beduíno o Negão só tem coisas boas, muito boas a recordar e acalentar, afinal, como dizem os próprios fratelos do dito cujo, todas as chances que tivemos e as esfihas que fabricamos e degustamos passaram pela cozinha generosa do Negão que nunca negou o maná de sua generosidade nem o mel de seu apiário bem fornido e perdulário na travessia do deserto da libertação, ‘tá entendendo, meu irmão? A intriga é rasteira e utiliza uma besteira pra a aproximação se complicar. Não há nada, porém, que consiga fazer prosperar uma briga onde a paz tem tudo pra emplacar...


Cachoeira das almas

.Enquanto isso, extremamente sereno, sabendo que o mundo é pequeno e tem muita água sob a ponte pra rolar, o Negão não vibra com a sacanagem que o Supremo aplicou ao irmão Carlos Souza Coragem.
.O risco, porém de perder o mandato parlamentar federal, não compromete seus planos de conquistar um vice sensacional.
.Por isso aumentou o assédio e os toques de sedução, sabendo que é imbatível a disputa eleitoral com Carlos Souza e Negão.
.Omar, portanto, é motivo de extrema e agradável saudade, pois será governador, depois de tanta probidade e pra soltar a maçaroca, ao lado de seu guru, o prefeito Mazoca...
.Saravá, Gilberto meu pai

DIVERSAS

Fantasmagórico

O escândalo das escolas-fantasma que tiveram o pagamento dos valores contratados devidamente efetuado em favor de três empresas, apesar das obras não existirem envolve as últimas administrações. Escolas que iniciaram suas obras com Alfredo passou por Carijó e Serafim absolutamente não existem. Ao menos é o que confessou o secretário José Dantas Cyrino, no plenário da Câmara Municipal, ao reconhecer publicamente que autorizou o pagamento das obras, quase dois milhões de reais.

Tudo a perder

O atual secretário não mandou ninguém dar uma olhada para checar se as salas de aula estavam de acordo com seu projeto pedagógico. O fato é que o escândalo veio à tona, é assustador, antigo e tem munição para mandar ao espaço o maior patrimônio que o prefeito Serafim amealhou ao longo de toda a vida: sua reputação.

Tiro pela culatra

A publicidade do governo estadual na revista Veja, sobre a nova modalidade do assistencialismo ambiental, o programa Bolsa Floresta, pode ser um tiro pela culatra ao serem reveladas as reais e precárias condições da rede pública de ensino no beiradão. Sem falar nas condições de miséria absoluta que vivem os ribeirinhos.

Vinculação virtual

Vincular a concessão dos R$ 50,00 do Bolsa Floresta à permanência dos alunos em sala de aula pode ser um veto generalizado na absoluta maioria dos municípios ribeirinhos, onde as distâncias e a freqüente ausência de escolas tornam até difícil fiscalizar a iniciativa.

Transporte coletivo

Nem as moscas mudaram nos resíduos sólidos (leia-se lixo!) da licitação da prefeitura que
escolheu os novos responsáveis pela oferta dos serviços de transporte na cidade. As empresas são as mesmas e nada sugere que elas vão modificar a rotina de ônibus precários, sujos e atrasados que atormentam o cotidiano dos usuários do município.

Vacilo popular

O PP acaba de abris as portas para o prefeito de Coari, Adail Pinheiro, discretamente enxotado do PMDB de Eduardo Braga. Uma filiação que deixou atônita e exasperada grande parte da composição deste partido de tantas glórias, realizações e coerência no Amazonas.

Rebecca

Candidata a prefeita de Manaus com nome limpo e empenhada desde já em identificar e levantar recursos públicos e privados para a solução da tragédia dos transportes em Manaus, para a construção do metrô de superfície, terá que conviver com um companheiro que é campeão nacional na contravenção e na gestão de recursos públicos.

Ninguém merece !!!

· Não nos cabe apreciar as razões do ingresso de Adail Pinheiro no PP de Chico Garcia, com quem o Maskate mantém uma respeitosa e afetuosa relação.
· Nem iremos associar formalmente nossa crítica e denúncia de forma mecânica e sem critérios e fatos.
· Nossas restrições ao prefeito de Coari são as mesmas da sociedade e estão baseadas nos mesmos e alentados processos que investigam escabrosas acusações.
· Isso não significa que mudaremos a priori nossa avaliação positiva da trajetória parlamentar de Garcia e Rebecca, até aqui coberta de acertos e avanços na defesa de nossa gente!
fonte: maskate

NOSSOS DIAS MELHORES NUNCA VIRÃO?


Ando em crise, numa boa, nada de grave. Mas, ando em crise com o tempo. Que estranho "presente" é este que vivemos hoje, correndo sempre por nada, como se o tempo tivesse ficado mais rápido do que a vida, como se nossos músculos, ossos e sangue estivessem correndo atrás de um tempo mais rápido.
As utopias liberais do século 20 diziam que teríamos mais ócio, mais paz com a tecnologia. Acontece que a tecnologia não está aí para distribuir sossego, mas para incrementar competição e produtividade, não só das empresas, mas a produtividade dos humanos, dos corpos. Tudo sugere velocidade, urgência, nossa vida está sempre aquém de alguma tarefa. A tecnologia nos enfiou uma lógica produtiva de fábricas, fábricas vivas, chips, pílulas para tudo.
Temos de funcionar, não de viver. Por que tudo tão rápido? Para chegar aonde? A este mundo ridículo que nos oferecem, para morrermos na busca da ilusão narcisista de que vivemos para gozar sem parar? Mas gozar como? Nossa vida é uma ejaculação precoce. Estamos todos gozando sem fruição, um gozo sem prazer, quantitativo. Antes, tínhamos passado e futuro; agora, tudo é um "enorme presente", na expressão de Norman Mailer. E este "enorme presente" é reproduzido com perfeição técnica cada vez maior, nos fazendo boiar num tempo parado, mas incessante, num futuro que "não pára de não chegar".
Antes, tínhamos os velhos filmes em preto-e-branco, fora de foco, as fotos amareladas, que nos davam a sensação de que o passado era precário e o futuro seria luminoso. Nada. Nunca estaremos no futuro. E, sem o sentido da passagem dos dias, da sucessibilidade de momentos, de começo e fim, ficamos também sem presente, vamos perdendo a noção de nosso desejo, que fica sem sossego, sem noite e sem dia. Estamos cada vez mais em trânsito, como carros, somos celulares, somos circuitos sem pausa, e cada vez mais nossa identidade vai sendo programada. O tempo é uma invenção da produção. Não há tempo para os bichos. Se quisermos manhã, dia e noite, temos de ir morar no mato.
Há alguns anos, eu vi um documentário chamado Tigrero, do cineasta finlandês Mika Kaurismaki e do Jim Jarmusch sobre um filme que o Samuel Fuller ia fazer no Brasil, em 1951. Ele veio, na época, e filmou uma aldeia de índios no interior do Mato Grosso. A produção não rolou e, em 92, Samuel Fuller, já com 83 anos, voltou à aldeia e exibiu para os índios o material colorido de 50 anos atrás. E também registrou, hoje, os índios vendo seu passado na tela. Eles nunca tinham visto um filme e o resultado é das coisas mais lindas e assustadoras que já vi.
Eu vi os índios descobrindo o tempo. Eles se viam crianças, viam seus mortos, ainda vivos e dançando. Seus rostos viam um milagre. A partir desse momento, eles passaram a ter passado e futuro. Foram incluídos num decorrer, num "devir" que não havia. Hoje, esses índios estão em trânsito entre algo que foram e algo que nunca serão. O tempo foi uma doença que passamos para eles, como a gripe. E pior: as imagens de 50 anos é que pareciam mostrar o "presente" verdadeiro deles. Eram mais naturais, mais selvagens, mais puros naquela época. Agora, de calção e sandália, pareciam estar numa espécie de "passado" daquele presente. Algo decaiu, piorou, algo involuiu neles.
Lembrando disso, outro dia, fui atrás de velhos filmes de 8mm que meu pai rodou há 50 anos também. Queria ver o meu passado, ver se havia ali alguma chave que explicasse meu presente hoje, que prenunciasse minha identidade ou denunciasse algo que perdi, ou que o Brasil perdeu... Em meio às imagens trêmulas, riscadas, fora de foco, vi a precariedade de minha pobre família de classe média, tentando exibir uma felicidade familiar que até existia, mas precária, constrangida; e eu ali, menino comprido feito um bambu no vento, já denotando a insegurança que até hoje me alarma. Minha crise de identidade já estava traçada. E não eram imagens de um passado bom que decaiu, como entre os índios. Era um presente atrasado, aquém de si mesmo. A mesma impressão tive ao ver o filme famoso de Orson Welles, It's All True, em que ele mostra o carnaval carioca de 1942 - únicas imagens em cores do País nessa década. Pois bem, dava para ver, nos corpinhos dançantes do carnaval sem som, uma medíocre animação carioca, com pobres baianinhas em tímidos meneios, galãs fraquinhos imitando Clark Gable, uma falta de saúde no ar, uma fragilidade indefesa e ignorante daquele povinho iludido pelos burocratas da capital. Dava para ver ali que, como no filme de minha família, estavam aquém do presente deles, que já faltava muito naquele passado.
Vendo filmes americanos dos anos 40, não sentimos falta de nada. Com suas geladeiras brancas e telefones pretos, tudo já funcionava como hoje. O "hoje" deles é apenas uma decorrência contínua daqueles anos. Mudaram as formas, o corte das roupas, mas eles, no passado, estavam à altura de sua época. A Depressão econômica tinha passado, como um grande trauma, e não aparecia como o nosso subdesenvolvimento endêmico. Para os americanos, o passado estava de acordo com sua época. Em 42, éramos carentes de alguma coisa que não percebíamos. Olhando nosso passado é que vemos como somos atrasados no presente. Nos filmes brasileiros antigos, parece que todos morreram sem conhecer seus melhores dias.
E nós, hoje, nesta infernal transição entre o atraso e uma modernização que não chega nunca? Quando o Brasil vai crescer? Quando cairão afinal os "juros" da vida? Chego a ter inveja das multidões pobres do Islã: aboliram o tempo e vivem na eternidade de seu atraso. Aqui, sem futuro, vivemos nessa ansiedade individualista medíocre, nesse narcisismo brega que nos assola na moda, no amor, no sexo, nessa fome de aparecer para existir. Nosso atraso cria a utopia de que, um dia, chegaremos a algo definitivo. Mas, ser subdesenvolvido não é "não ter futuro"; é nunca estar no presente.