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terça-feira, 25 de setembro de 2007

LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO (fonte: http://www.rotinadeumadvogado.blogspot.com/)


Hoje, uma visita inusitada. Um cidadão entra em pãnico dizendo que sua casa foi invadida por policiais no último fim de semana.
Arrombaram a porta durante o jantar (noite, portanto, ilegal) alegando o de sempre: denúncia anônima. Que este seria traficante, teria drogas e armas em casa e principalmente grande valor em dinheiro.
Olhem o diálogo:
A. Doutor, fui roubado!!!
B. Como foi isso?A. A policia entrou na minha casa me acusando de ser traficante. Quebraram tudo!B. O que houve? Roubaram? Como assim?
A. Levaram R$ 4.000,00 da gaveta, uma máquina digital, um cordao de ouro, uma pulseira e o videogame do meu filho. Nem terminei de pagar o videogame e as jóias!
Continuou:
Doutor, não quero fazer confusão. Tenho é medo, O problema é que a mulher que me vendeu as jóias está me cobrando e eu nao tenho como pagar. Tem como pegar o cordão de volta?
Confesso que não me assustei com o ocorrido, mas sim com o o desejo dele de querer parte dos objetos de volta. Normalmente nao querem. Ou nao tem como provar a origem ou simplesmente TODOS morrem de medo dos "gambé", dos "mata-cachorro".
Afirmou ter conseguido o número do telefone celular do invetigador que comandou a tal diligencia. Liguei. Disse que era advogado e precisava conversar com ele. Repondeu que iria até lá.
Quando chegou, ficou alterado quando viu o tal senhor lá. Pedi a ele que ouvisse.
Após o senhor dizer que nao queria o dinheiro de volta mas somente as jóias, fez uma cara de surpresa, pegou o celular da cintura e gritou para a pessoa no outro lado da linha:
- Porra, não dá pra confiar mesmo em voces. Voces disseram que nao tinha jóias e nem dinheiro.
Dá pra acreditar? A equipe enganou o chefe!!!
Muito contrariado disse que nao sabia de jóias, mas apenas do dinheiro e que achou que fosse apenas R$ 1.000,00, pois recebeu apenas R$ 250,00 (eram 4 policiais ao todo).
Prometeu tomar providencias contra os larápios e descobrir os pilantras que pegaram as jóias.
Isso é mais normal do que se imagina. Isso sim é típico da rotina de um advogado criminalista. Uma tristeza.

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